Na quinta-feira, 30 de abril, diversas categorias de trabalhadores da saúde se uniram em frente à sede da Prefeitura Municipal de Vitória, para uma manifestação contra a “gestão da mudança”, apregoada pelo prefeito Luciano Rezende.
O movimento queria ser recebido pelo prefeito. Após diversos apelos dos trabalhadores, foi passada a informação de que o Chefe do Executivo estava viajando, mas nenhum representante da administração se colocou para receber os servidores.
Os trabalhadores decidiram então ocupar a via pública, e permaneceram durante duas horas ocupando avenida. Os gestores da Prefeitura permaneceram indiferentes às reivindicações dos servidores. As categorias, então, resolveram manifestar dentro da sede da Prefeitura. Durante meia hora, os trabalhadores promoveram um barulhaço, com palavras de ordem e muita indignação. Mas a indiferença da administração permaneceu.
A fim de evitar mais revolta, os servidores foram até a secretária de governo cobrar uma atitude de respeito, pois a inércia da gestão estava gerando mais indignação, e fossem ao menos, recebidos. Somente assim, os trabalhadores conseguiram ser atendidos pelo Subsecretário de governo, Sr. Rodrigo.
Assim, conseguimos expor as demandas. Foi cobrado do Subsecretário que nenhum protocolo foi assinado pela atual gestão, na Mesa de Negociação Permanente do SUS desde, instituída no município desde 2007. Os servidores reclamaram que mesmo após 2 anos e 4 meses deste governo municipal, ocorre desrespeito ao espaço instituído para negociação, havendo negociação em paralelo com categorias que inclusive estão representadas na Mesa de Negociação.
Também reivindicaram reajuste salarial, do ticket alimentação, garantia da data base e garantia do dia, uma vez que diretores de unidades de saúde, realizaram reuniões com os trabalhadores assediando-os a não participarem do movimento e ameaçando com o corte do ponto. Após a apresentação das demandas e contextualização da situação dos profissionais de saúde, ficou agendado reunião para o dia 07/05 às 9h na sede da PMV.
O SINDIENFERMEIROS – ES reafirma que nossa luta não é por privilégios, é por respeito, valorização, reconhecimento da nossa função social, garantia da database, reajuste, que os gestores se comprometam com a qualidade na assistência à saúde. Afinal, escassez tem sido a realidade no município. As licitações para compra de materiais e medicamentos estão atrasadas, resultando em falta de papel higiênico, papel toalha, medicamentos. Mas, também tem faltado transparência e diálogo.
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