Profissionais e Estudantes de Enfermagem capixabas se uniram aos demais profissionais de todo País pela defesa da jornada de 30 horas. A manifestação aconteceu em São Paulo, no dia 14 de Março. A categoria luta pela aprovação do Projeto de Lei- PL 2295/00, que tramita no Congresso Nacional há 14 anos, que regulamenta a jornada em 30 horas semanais para Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem de todo o território nacional.
Os trabalhadores se concentraram no vão central do Museu de Arte de Arte de São Paulo - MASP, e saíram em passeata pela Avenida Paulista até a Praça da República, num manifesto totalmente pacífico e organizado. Durante o percurso, de mais de sete quilômetros, os profissionais informaram a sociedade paulistana sobre as condições desumanas de trabalho e da carga horária atual, e esclareceram que a jornada de 30 horas é uma questão de justiça social, tendo em vista ser esta categoria que fica à beira do leito 24 horas por dias, 7 dias da semana, responsável pelo cuidado, conforto e bem-estar dos pacientes.
Os profissionais também cobraram do ex- ministro da Saúde Alexandre Padilha, e atual pré-candidato ao governo de São Paulo, o cumprimento da Carta-Compromisso pelas 30 horas. Padilha fez parte da coordenação da campanha eleitoral, em 2010, da presidente Dilma. E naquela ocasião, assumiu o compromisso, através de assinatura da carta, em que se ela fosse eleita, regulamentaria a jornada, fato que não aconteceu. Ao contrário, em julho de 2012 , quando o PL das 30 horas entrou em pauta, houve uma manobra política da banca do PT no Congresso e o projeto foi retirado da pauta. Indignados com o ex- ministro, os profissionais estão dispostos a não votarem nele para governador.
Atualmente existem no País mais de 2 milhões de profissionais da enfermagem que estão reivindicando e aguardando a aprovação do PL 2295/00 . Os enfermeiros acreditam que as manifestações de rua, fazem com que o Brasil conheça o profissional e o trabalho da Enfermagem, as condições de trabalho que são precárias, os salários aviltantes e a jornada desumana.
Uma nova manifestação está marcada para o dia 13 de maio em Brasília, ocasião em que os trabalhadores vão cobrar dos deputados federais e da presidente da República o compromisso com a segurança dos trabalhadores e dos pacientes que cuidamos.