Em greve desde o dia 1º de novembro, os enfermeiros da rede privada ocuparam as duas vias da Avenida Vitória, em frente ao Instituto federal no Espírito Santo (Ifes), no sentido centro na tarde desta quarta-feira (23). A manifestação desta terça também tem como objetivo informar a população sobre as negociações com o patronal.

Fonte: http://www.eshoje.jor.br/_conteudo/2016/11/noticias/45487-sem-acordo-enfermeiros-fazem-protesto-em-vitoria-e-mantem-a-greve.html

Em greve desde o dia 1º de novembro, os enfermeiros da rede privada ocuparam as duas vias da Avenida Vitória, em frente ao Instituto federal no Espírito Santo (Ifes), no sentido centro na tarde desta quarta-feira (23). A manifestação desta terça também tem como objetivo informar a população sobre as negociações com o patronal.

No ultimo dia 16, quando foi realizada uma audiência de conciliação no TRT-ES, as partes não entraram em acordo e o Sindicato Patronal dos Estabelecimentos Hospitalares (Sindhes), não ofereceu nenhuma proposta, segundo informação da presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros-ES), Andressa Barcellos.

“Não teve acordo por isso a greve continua, agora nós estamos aguardando julgamento do dissídio, que foi ajuizado no dia três de novembro. Estamos lutando pra que seja julgado logo, já que muitos enfermeiros estão sofrendo assedio e ameaças, por causa da greve”, alertou a presidente.

De acordo com Andressa, trabalhadores estão sendo impedidos de usar o estacionamento de onde trabalham. No Hospital Estadual Jayme dos Santos Neves (HEJSN), por exemplo, Andressa relatou que enfermeiros são abordados e impedidos de registrar o ponto, por estar em greve. “Outro fato que aconteceu no mesmo local, que eu fiquei horrorizada, foi um enfermeira que acabou de voltar de licença maternidade. Ela foi impedida de amamentar seu filho, porque participa de greve. A situação do Jayme é a pior, mas todos os estabelecimentos têm casos de assédio moral por causa da greve”, lamentou Andressa.

Entre as principais reivindicações estão à correção da perda salarial, com reposição inflacionária de 9,15%, manutenção da escala 12 por 60 horas, cumprimento da data-base que venceu no dia 1º de outubro e benefícios de seguro de vida, plano de saúde e ticket alimentação.

“Os empresários da saúde não negociam, enquanto isso os enfermeiros trabalham só com o salário. A nossa hora de trabalho, vale R$10,56, a proposta de reajuste que nos propuseram foi de 3%, e nem negociam os benefícios, só querem alterar CLT para pior, nós tentamos negociar e não conseguimos. O que resta é a greve. A saúde é um serviço essencial, porém ficamos no conflito ético entre os direitos do paciente e os nossos direitos”, declarou a presidente do Sindienfermeiros do ES.